terça-feira, 29 de novembro de 2022

Beth Amin

"Eu, você e Gil” foi composta num dia de pandemia, numa das minhas caminhadas diárias ouvindo “Parabolicamará”. Comecei a cantarolar “eu vou (ouvindo Gil), com você (cantando Gil)...”. Na hora veio também o walking bass, no andamento dos meus passos. Chegando em casa, corri pro computador e completei o recheio harmônico com uma levada de reggae. Na hora já sabia que gravaria no ano seguinte, ano do aniversário de 80 anos do Gil. Levei ao músico e produtor Zé Nigro e juntos gravamos e finalizamos esse presente para o mestre. Minha primeira memória vívida com a música do Gil foi com “Aquele abraço”. Essa canção alegrou minha vida por muitos anos. Eu, sem entender o clima pesado do país, ouvia aqueles abraços todos e me aconchegava neles. Depois, todos os seus álbuns fizeram a trilha sonora da minha vida (e da minha geração), até que no início dos anos 90, tive a oportunidade de fazer backing vocals num grande show que reuniu Gil, a sinfônica de Campinas, o grupo Vai quem Vem, grupo de jovens percussionistas liderados por Carlinhos e o grupo Beijo do Coralusp, onde eu cantava. Nos ensaios com ele, conhecemos a serenidade de alguém cheio de sabedoria de vida, alguém com um perfeito equilíbrio yin/ yang. “Eu você e Gil” é uma homenagem ao mestre, a quem agradeço com carinho, pois ouvindo Gil, passei pelos percalços da vida com o calor dos seus abraços sonoros". Beth Amin “Eu, você e Gil” foi composta por Beth Amin, que faz todas as vozes e assina os arranjos. Zé Nigro, conhecido por trabalhos com com Fernando Catatau, Bárbara Eugênia, Curumim entre outros, produziu e toca contrabaixo e rhodes. O single vem acompanhado de um lyric video é um lançamento da gravadora YB. Sobre Beth Amin Beth Amin é cantora, compositora e fonoaudióloga. É também preparadora vocal do Teatro Oficina e do CORALUSP de onde é vice-diretora. Musicista formada pela Berklee College of Music, tem 3 CDs e vários singles autorais lançados. Ela já levou sua música para a Colômbia, Alemanha, Canada e Estados Unidos. O saudoso Zuza Homem de Mello citava Beth (entre outros) como “uma artista que honra a tradição da música brasileira”.

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