sábado, 16 de janeiro de 2021

Coral


Eu ainda não consegui mensurar a força, o peso, o impacto que as canções de Coral provocam em mim. Desde a primeira vez que ouvi, uma sensação de completude, de preenchimento, de atravessamento me levam para uma dimensão especial. É um trato tão fino, sofisticado e bem elaborado que as canções possuem que me dão a impressão que a arte se materializa, se torna concreta e paupável na voz de Coral. São tantas camadas e tessituras se entrelaçando com os acordes ora fortes, ora suaves do seu violão que não há racionalidade para explicar. Tudo ocorre no nível das sensações, do sentimento. Eu sou levada pra um lugar (um mar repleto de corais talvez?) onde queria morar pra sempre, com essas notas e letras se repetindo incessantemente e sem me cansar de ouvir. É optar pelo repeat eterno. Poucas vezes vi alguém tratar tão bem as palavras, colocá-las no colo e embalá-las com tanta delicadeza, inteligência e cuidado. Acho que só tem uma palavra pra me definir desde que mergulhei no universo poético de Coral: arrebatada. Completamente. Sem possibilidade de retorno. E quem disse que quero retornar? Desejo apenas caminhar e acompanhar, até quando eu puder, esse florescer artístico. Admirar e sentir a beleza, a profundidade e a luz que brotam desse talentose ser. Que a deusa diga sim.

 


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