segunda-feira, 28 de dezembro de 2020
O Nascimento de uma supernova
Estamos a poucos dias de terminar o ano que talvez tenha sido o mais difícil da nossa era moderna. Nunca um evento afetou todo o mundo como o que passamos, ou melhor, ainda estamos passando. E nós, aqui, pior que qualquer outro país no mundo, não preciso nem dizer o porquê. Mas quero falar do que se pode tirar de positivo de todo esse caos, principalmente no aspecto das artes. As lives já existiam, lógico, só que quase ninguém usava o recurso. Com o advento da pandemia elas se tornaram populares e os artistas, em sua maioria, aderiram ao formato e passaram a ter uma relação bem mais próxima com seu público. Eles praticamente nos deixaram entrar em suas casas e mostraram suas "humanidades" e fragilidades. Foi maravilhoso essa mudança de relação artista/público. A ideia de que os artistas vivem em um mundo à parte caiu de vez por terra. E foi ótimo ver que artistas consagrados como Teresa Cristina, por exemplo, usou de seu espaço para divulgar outros artistas, de várias regiões do país que, de outra forma, não teriam acesso a esse público. Se a pandemia não tivesse acontecido, provavelmente não teríamos conhecimento de tantos talentos que puderam aparecer nesse momento. A arte florescendo no meio da tragédia. A arte nos confortando e dando esperança pra que a gente siga adiante.
Eu quero falar, em especial,de um/uma artiste que se destacou nessa avalanche de lives musicais e de entrevistas que assistimos nos últimos nove meses. Eu poderia descrever o que vi(e estou vendo) como o nascimento de uma estrela supernova no meio do big bang terreno que atravessamos. No meio do caos, surge uma pessoa super talentose, com uma poesia forte, atual e necessária. Com letras que são ao mesmo tempo dilacerantes, que rasgam a hipocrisia e expõem todos os nervos, mas cantadas por uma voz que soa angelical aos ouvidos. São verdades amargas, mas trazidas por uma voz doce, o que não enfraquece a mensagem, ao contrário, só a potencializa. Eu falo de Coral, esse/essa artiste que chega com força do interior baiano, via Belo Horizonte, pra dentro de nossas casas, via lives, e também pra dentro do coração de muitas pessoas.
A impressão que tenho, observando a trajetória de Coral, é que o/a artiste foi sendo preparade pra esse momento de sua carreira. A experiência de 15 anos, atuando em bares, nas ruas, em festas e eventos foram uma grande escola pra Coral chegar nesse momento. Até mesmo a construção de sua imagem, de uma identidade artística, foi sendo moldada aos poucos, até chegar no resultado que conhecemos hoje e que nos foi apresentado via lives. Estou mais do que convencida (e não apenas eu)que Coral está pronte pra dar o passo adiante que vai firmar sua carreira e projetá-la a nivel nacional e em seguida internacional. Ter sido contemplade com o edital da Casa Natura 2020 é outro indício, assim como ter tido o perfil na conta do Instagram hackeado, no início de dezembro, também é um sinal. O mal só ataca quem o incomoda e está fazendo "barulho".
Coral vem forte no próximo ano. Seu trabalho duro e a construção de uma carreira que chegou pra derrubar velhos paradigmas vão dar frutos. Coral vai brilhar mais ainda como uma supernova recém criada que vai iluminar a escuridão do universo pós big bang. Que venha o primeiro disco, com canções que emocionam e trazem verdades que precisam ser ditas. Que venham os shows por várias cidades. Que muito mais pessoas se deixem atravessar pela poesia de um/uma artiste fundamental nesse momento histórico que vivemos. A Deusa já disse amém.
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