sábado, 9 de abril de 2011
São Paulo, a maior cidade do país, dá um show quando se trata de programação cultural, em especial a de música. Um dos responsáveis por isso é, sem dúvida, o SESC de SP que tem sempre espetáculos em suas unidades que contemplam os mais diferentes gêneros musicais, agradando assim a diferentes faixas de público.
Um dos projetos mais interessantes que o SESC –SP criou recentemente foi o “Projeto Álbum” . Talvez inspirado no programa “O Som do Vinil” que Charles Galvin apresenta no Canal Brasil, o projeto transforma em show um determinado disco importante na carreira de um artista, aquele se pode chamar de um “clássico”.
Uma idéia excelente que propõe ao artista apresentar ao vivo as canções do álbum escolhido, fazendo assim com que ele mesmo se recicle e volte a cantar canções que muitas vezes nunca mais foram apresentadas em shows mais recentes.
Alceu Valença foi o artista que se apresentou no SESC Belenzinho nos dias 17, 18 e 19 de março último e o álbum focalizado foi o “Vivo” de 1976, disco fundamental na carreira de Alceu e que marcou sua estréia nos palcos cariocas, apresentando em sua banda ninguém menos que Zé Ramalho.
Outra idéia maravilhosa que o SESC-SP fez foi criar um tipo de programa do show, como se fazia antigamente, e o formato escolhido foi o de um disco compacto, com um encarte em formato de disco trazendo o repertório,a ficha técnica e alguns textos falando sobre o disco histórico.
Comentar um show de Alceu Valença é até covardia, já que poucos artistas tem a energia e a empatia que Alceu consegue com seu público. Sempre com uma banda muita afinada e estrelas como o guitarrista Paulo Rafael e o percussionista Edwin de Olinda, que é um show à parte, Alceu desta vez trouxe como convidados especiais Zé da Flauta, que há tempos não tocava com ele, e o excelente compositor Lula Côrtes, no que seria sua última aparição ao vivo, já que ele viria a falecer uma semana depois.
Vida longa ao “Projeto Álbum” e que o SESC –SP continue a criar projetos tão criativos quanto este que acabam se tornando históricos. Uma ótima sugestão seria que os shows fossem gravados e depois colocados à venda pelo SESC, dando assim a chance para que pessoas de outros estados pudessem assistir a espetáculos tão especiais.
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