segunda-feira, 8 de junho de 2015

Duda Brack - Entrevista Exclusiva para o Blog

Foto: Divulgação

Em meio à correria entre ensaios, viagens, shows e o trabalho de divulgação de seu primeiro CD recém lançado, DUDA BRACK teve a gentileza de me conceder uma entrevista aqui para o blog.  Valeu, Duda!  E que tal conhecer um pouco mais sobre essa moça talentosa que ainda vai dar muito o que falar?


FM - Onde e quando a música entrou em sua vida?


DB - A música foi um afloramento que se deu na minha vida aos quinze anos, e que teve início através do popularesco “canto no chuveiro”. Minha relação com a música foi se estreitando quando eu percebi o ímpeto e a necessidade de cantar - por alcançar, com este ato, uma plenitude utópica. Foi então que comecei a me experimentar. Cantei em festas de amigos, formaturas, bares, grupos vocais...

Então não sei bem dizer onde e quando, exatamente, a música entrou na minha vida. A verdade é que ela sempre me moveu, e em um determinado momento foi inevitável devotar minha existência à ela.


FM - Você compõe também ou é apenas intérprete e instrumentista?


DB - Compor é algo com o qual as vezes o acaso me contempla. Me acontece, vira e mexe. Por vezes esbarro nisso, mas não é minha transa. Gosto mesmo é de recriar a criação alheia. 


FM - O RJ foi uma escolha?


DB - Decidamente.  Graças a Deus (e à internet também) a visibilidade acerca da produção musical está cada vez mais descentralizada, mas Rio e São Paulo ainda oferecem mais oportunidades - não só de trabalho, mas também no que tange ao fluxo de trocas artísticas e processo de criação.

Além disso, sempre tive família aqui e sempre gostei muito daqui também.


FM - Qual sua opinião sobre o momento atual da música brasileira no RJ e no Brasil de forma geral?


DB - O Brasil sempre foi, e segue sendo, um potente celeiro musical. Acho que vivemos um momento fértil, com uma diversidade estética muito linda. A internet é uma ferramenta que tem colaborado muito pra isso: ela expande o dialogo cultural e desfalece as fronteiras e divisórias entre vários estilos e linguagens.

Só acho uma pena que poucas coisas - dentre tantas sendo feitas -  tenham vazão e cheguem até o conhecimento do público. A música brasileira vai de bem a melhor. Já o mercado midiático brasileiro... 


FM - Como é conviver com tantos talentos de sua geração como Caio Prado, Diego Moraes, Daniel Chaudon, Filipe Catto, Dani Black,Bruna Caram, para citar apenas alguns.


DB - É lindo! São amigos queridos, pessoas incríveis, artistas imensos, com quem tenho o prazer de dividir a vida. Essa troca me alimenta, me ensina.


FM - Fale um pouco sobre como foi o seu encontro com Filipe Catto no show em SP.


DB - Foi D O C A R A L H O ! Aos mais pudicos: perdoem-me o palavrão, mas aqui o utilizo como advérbio de intensidade pra tentar dimensionar o quão lindo foi... 

Nosso encontro já tinha acontecido espiritualmente, antes de a gente se conhecer. Quando, enfim, conhecemo-nos, ficamos novos velhos amigos de infância à primeira vista. Rs. Filipe é uma forçinha da natureza; uma coisa linda de Deus; pessoa-alma generosa, artista-imenso-poderoso. É uma honra pra mim dividir o palco com ele. 


FM - Como foi o processo para chegar ao seu CD, " É" ?


DB - Esse disco é fruto dos atravessamentos que vem me acontecendo desde que eu mudei pro Rio.  

Primeiro veio a chegança das canções que compõem o disco. Todos os compositores presentes no disco são amigos. Conheço a obra de todos eles, e tive a oportunidade de ir pinçando canções com as quais eu me identificava (com exceção de “Eu sou o ar” que foi feita pra mim).

Durante esse processo, ocorreu também um processo meu (voz e violão) de compreender o que cada canção representava para mim e o que eu representava para cada canção. Isso me possibilitou já imprimir o meu olhar e a minha personalidade sobre as canções e distanciá-las do olhar dos compositores. Foi assim que eu apresentei elas aos meninos quando formei a banda. 

Quando o repertório estava quase todo definido, formei minha banda (Barbosa na bateria, Gabriel Ventura na guitarra, Yuri Pimentel no baixo). O meu ajuntamento com os meninos se deu por conta de um pedido de show que acabou caindo, mas a gente gostou tanto de tocar junto que seguiu desenvolvendo uma pesquisa de criação em cima desse repertório. Passamos uns oito meses ensaiando na sala da casa do Yuri e, quando a gente achou que tinha algo sólido e coeso em mãos, chamamos Bruno Giorgi pra produzir, gravar, mixar e masterizar. 
Gravamos as bases ao vivo, no estúdio Tenda da Raposa, no Rio. Depois gravamos complementos e vozes (muita coisa em casa, e algumas no estúdio O Quarto). Depois Bruno mixou e masterizou também n’O Quarto.


FM - Como vai ser a divulgação?  Além de POA, tem planos de shows em outras cidades?


DB - Planos temos muitos, né? Queremos rodar o mundo com esse trabalho... Mas é muito difícil pro artista novo e independente rodar. Temos umas série de custos pra viajar com o show que inviabiliza muita coisa. 

Estamos em um momento de formação de público. O alcance do trabalho ainda não o torna sustentável por si só. Além disso, é muito difícil conseguir apoio pra financiar, a maioria dos locais de show para artistas pequenos tem uma infra-estrutura muito ruim... Enfim.

Estamos fazendo o possível. Queremos ir logo pra São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Curitiba e Brasília. De concreto - agora que passou Porto Alegre (que foi dia 04 junho no Ocidente) -  temos Rio de Janeiro dias 19 e 20 de junho no Oi Futuro de Ipanema, pelo lindo projeto Levada 2015. 

Um comentário:

Juliana Britto disse...

Ontem tive o prazer, a sorte de ir ao show da Duda! Ela é sensacional! Que voz! Que talento! Uma artista completa, com presença de palco e simpatia abrindo as portas! Aí vem a voz que te faz se apaixonar, viajar e agradecer pois ela é unique !
Sucesso e vida longa! Esta menina vai longe, excelente!